sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Grandes Personagens: Rhanna, Asgaron e Galtan (Inter-Crônicas)

Continuando a série "Grandes Personagens", continuaremos a parte Inter-Crônicas contando a história de Rhanna, Asgaron Desgaron e Galtan, e claro, com a presença de Acalanata, até o momento do inicio da Saga da Feiticeira Kassandra.

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Rhanna

Rhanna nascera de uma família de artífices no reino élfico de Laeren. Apesar de não ter tido uma vida abastarda, nada faltou em sua criação. Teve uma boa educação com os melhores professores, treinamento em artes mágicas e até em combate com espada, porem, sua grande paixão sempre fora a música e as artes. Assim, decidiu então seguir o caminho dos ensinamentos da Ordem dos Bardo.

Durante sua juventude conhecera Acalanata, um famoso aventureiro élfico. Conhecera ele por intermédio de seu mestre, que muitas vezes era visitado por ele. Não durou muito tempo por ficar admirada por suas histórias e feitos de coragem: ouvia histórias de suas aventuras nas fronteiras gélidas do norte, tanto nas Florestas Sombrias quantos nas terras humanas de Valkia, agora batizadas por eles de Arconia. Foi então que soube de seu retorno inesperado a Laeren. Havia sido resgatado de uma horrível batalha contra o insondável Rei do Inverno. Ele havia sido tratado pelos oráculos de Ashar’Dollan e, após ser tratado, retornara a Laeren.

Rhanna encontrara ele no estúdio de seu mestre, já pronto para partir em uma missão emergente – procurar o herdeiro de Galtan, o grande herói humano. Rhanna, vendo a oportunidade de sair para o mundo, apresentou-se para ajuda-lo nesta empreitada. Seu mestre rapidamente negou, afirmando que ela era muito jovem para a missão e ainda não tinha treinamento apurado para tamanho perigo. Porém Acalanata aceitou a ajuda, afirmando para Farjael, que não havia melhor hora para ela ir.

Assim, sem muita demora e despedidas, partiram para as terras humanas, pegando um navio até as cidades de Vainur, e partindo por terra até Azantir. Neste caminho Rhanna foi sendo informada dos recentes acontecimentos – do despertar de Caturão, do poder crescente do Trigono de Argea e das visões dos Oráculos, de que uma sombra cobriria a terra e que um herdeiro do trono deveria expulsar as poeiras, para que a luz tocasse novamente a terra. Ela sabia que não havia sangue real governando Azant. Há alguns anos havia ocorrido um golpe no reinado do rei Holdaran, e o reino estava no domínio de governantes que desejavam os domínios das rotas mercantes. Sabia, que com estes acontecimentos não seria bem-vindo em Azant. Assim, investigaram ocultamente, evitaram o contato com os guardas e os senhores das terras azantes. Foi então, que depois de meses de procura, pistas os levaram a Caléia, uma pequena cidade ocidental de Azant. Os levaram até Asgaron.

Asgaron

Asgaron nascera em uma Azant já sobre o domínio dos corruptos. Antes de nascer, Azant havia passado
por um golpe e seu rei Holdaran I fora assassinado junto de toda a família real, e um novo governo se instalou. Para governar a poderosa Azant foi formada um conselho de lordes mercantes, senhores de grandes famílias mercantes que desejavam controlar as rotas de comercio sem a influência de reis. Eram homens ambiciosos e cruéis, que governavam pela avareza e força. Nasceu de uma família pobre, de camponeses na pequena cidade de Caléia. Foi o segundo filho de pais já idosos que já não esperavam filhos. Seu irmão mais velho, Aldaron, por muito tempo vivera como fazendeiro com os pais, porem o chamado das armas veio e ele seguiu a vida militar. Asgaron, como filho caçula, foi criado com muito esmero por pais idosos e o consideravam um presente dos deuses. Foi criado em uma vida simples. E quando os pais vieram a falecer, dedicou sua vida ao chamado de seu coração, a igreja.

Como seus pais faleceram quando ainda era jovem e seu irmão nunca mais voltou desde que eles se foram, a igreja se tornou a sua única casa. Dedicou sua vida aos novos deuses, os Eternnos, sendo ordenado na ordem clerical de Tyr ainda aos 18 anos. Como era muito jovem, permaneceu sobre a tutela de outros mestres. E foi sobre a tutela de um, Jarel, que ele descobriu uma informação perturbadora.

Jarel era um mestre clérigo missionário, que fazia muitas viagens para o norte, para as terras desoladas em guerras de Arconia. Neste tempo que Jarel ficou em Caléia, tendo Asgaron como pupilo, ele visitava frequentemente os assentamentos bárbaros do Vale da Lua, na fronteira com as Terras Ermas. Em uma de suas viagens em que acompanhou Jarel, Asgaron descobriu que existia uma família de linhagem real que sobrevivera ao massacre. Uma linhagem direta do lendário Galtan. Segundo constava, e Jarel confirmava pelos registros, Galtan tivera uma segunda esposa, uma amazona do Vale da Lua. Ela tivera um filho homem. Porém, para fugir da fúria da rainha, levara ele para longe. e a partir dai, a linha sobreviveu.

Aquilo assombrara a mente de Asgaron por muito tempo. Não era a favor do governo dos lordes. Os ensinamentos de seu patrono Tyr, o Celestial da Justiça, iam contra todo esse governo. A lei e a justiça deveriam ser feitas. Assim, Asgaron várias vezes retornou ao vale, tornando-se amigo do rapaz, o qual nome era por espanto seu, Galtan.

Foi então que, um dia, em sonho, uma mensagem o informou que dois viajantes viriam até ele, e que eles deveriam ser levados até Galtan. Galtan era a chave para a luz expulsar as trevas de Azant, e do mundo. Asgaron só nunca imaginara que estas duas pessoas seriam elfos.

Galtan

Galtan nasceu e viveu toda sua infância no Vale da Lua. Nasceu do povo livre. Cresceu sendo treinado para ser um guerreiro-caçador, e tinha muita habilidade para isto. Gostava de caçar, de espreitar e, principalmente, de lutar. Apesar de saber lutar com qualquer arma, quando adquiriu corpo, era notável sua preferência pelo machado, uma arma pesada, desbalanceada, porem destrutiva.

Sua vida era simples e feliz, porém, perto de fazer seus dezesseis anos, sua família foi visitada pelo povo das cidades. Eram, pelo que diziam, sacerdotes, representantes dos deuses. Diziam estar levando as palavras e ensinamentos deles a todos os povos. Porém, o mais novo, chamado Asgaron, perguntava constantemente sobre sua família e linhagem, querendo saber toda e qualquer história do passado da família de Galtan.

Aquela não foi a única visita deles. Houve pelo menos umas cinco visitas. E Galtan achava estranho como Asgaron se interessava tanto pelas histórias, especificamente de sua família. Gostava principalmente das lendas contadas pela sua avó, sobre guerreiros e reis. Apesar de todo este interesse estranho, Asgaron era uma boa pessoa, e logo viraram amigos.

Porém, semanas mais tarde sua vida mudou, deixando para traz a vida pacifica e calma, por uma turbulência de acontecimentos. O Vale da Lua fora atacado a noite por saqueadores do subterrâneo. Orcs, goblins e até ogros. Vieram em um bando numeroso. Inacreditável. Destruíram as vilas, incendiaram as casas e mataram muitos bons guerreiros despreparados. Foi uma chacina, porem, Galtan acabou conseguindo sair vivo do ataque, mas não a de sua família. Acabou sendo salvo por um grupo de desconhecido que o levou para as matas.

Na mata, já calmo e desperto, já que Rhanna teve de usar seu dons mágicos para acalma-lo, acabou descobrindo que havia sido salvo por Asgaron e uma dupla de elfos. Segundo Asgaron, a horda estava atrás dele, e que as lendas de sua avó, sobre guerreiros e reis em sua linhagem, eram verdades.

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Fim da parte Inter-Crônicas.

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