quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Meus 20 anos de Aventuras Fantásticas (Parte 2)

Meu contato com o universo do RPG, como já disse no post anterior, foi em 93 com o Aventuras Fantásticas. Joguei bastante este sistema, li vários livros jogos e quando ia nas livrarias, ficava doido para ter o Titan e o Out of the Pit, e como não tinha dinheiro, cada vez que ia na livraria eu memorizava uma parte do livro e transcrevia para um caderninho meu. Foi uma boa época, mas era só o começo de uma jornada de 20 anos até hoje!

Nesta época o grupo variava, contando principalmente com Luiz “Lu”, Rogério e Edgar “Bebo”, e as aventuras era bem old, baseadas em Conan, mitologias como Jasão, Odisseia e etc.

No fim de 93 ou início de 94 (não tenho muita certeza), tive contato com um RPG mais maduro, o Tagmar. Aquele livro era fantástico. Trazia possibilidades novas para mim, como atributos, classes de personagens diferenciadas, raças, magias, equipamentos, tabelas, ..., tudo diferente do sistema AFF que conhecia até o momento. Li, joguei, mas como o livro era de terceiros, acabei por voltar ao AFF. Apesar de ter sido um contato inicial, breve, foi marcante e, meu contato com Tagmar, o 1º RPG do Brasil, não acabou ai, porem só iria revê-lo mais tarde, pois em maio de 94, mês do meu aniversário, eu ganhei uma caixa magnífica com um Dragão na frente! O Dungeons & Dragons lançado pela Grow. Iniciou-se ai minha ERA DE OURO do RPG!


Não vou mentir, sou fã de carteirinha de Dungeons & Dragons, desde a época que via Caverna do Dragão e não conhecia sua real origem. Aquela caixa do D&D era magnífica, finha um livro de regras, fichas com uma aventura descrevendo as regras, um mapa da aventura, miniaturas de papelão e uma coleção de dados (com cores dos dragões cromáticos), que tenho até hoje (com exceção do d20 que me furtaram... culpa do Rogério). Joguei MUITO, muito mesmo! D&D até hoje é eu RPG favorito, e sempre quando tenho oportunidade jogo-o, não mais esta versão, mas ainda assim o D&D.

Do grupo que permaneceu jogando comigo nesta transição de AFF para D&D, apenas Rogério e Edgar permaneceram um bom tempo. Os demais, por muitas obrigações, jogavam esporadicamente, mas acabaram seguindo seus objetivos! Nosso trio (Eu, Rogério e Edgard) permaneceu fiel por muito tempo, aliás, não conhecia ninguém que jogasse RPG por aqui por perto, Anchieta – RJ (também, vivia em meu mundo isolado). Mas esse isolamento não durou muito tempo, pois a era de ouro estava só no começo.

Um bendito dia, provavelmente no segundo semestre de 94, vi em uma banca uma revista peculiar. A capa dela era um feiticeiro com um grimoire e uma criatura abaixo. O nome da revista era Dragão Brasil e pretendia trazer tudo sobre o universo dos jogos de RPG! Era o número 3 da revista! Juntei minhas esmolas e comprei. Era magnifica! Trazia resenhas de RPG’s, aventuras, adaptações e muito mais! Fiquei apaixonado pela revista, virei colecionador e até procurei os números anteriores (mas só fui conseguir em um evento muito depois)!

A Dragão Brasil me mostrou outros rpg’s, sistemas, ambientações, e no número 6 trouxe regras para além do 5º nível para a caixa do D&D! Aquilo foi fantástico. Com ela tive vontade de conhecer outros sistemas. Voltei a jogar Tagmar com os amigos do Rogério (um jogador das antigas – Galtan), conheci o Hero Quests e gostava muito! Conheci o Gurps e o Vampire com amigos do Luiz “Lu”, o mesmo q me apresentou o RPG. Mas foi no Vilage, um conjunto residencial (sub-bairro de Pavuna) bem próximo de mim, que eu conheci vários sistemas novos e rpgístas. Foi em um evento de RPG! Um evento organizado por um grupo que se identificava como Senhores do Caos! Neste evento joguei Gurps, Desafio dos Bandeirantes e AD&D (em Inglês, que me abriu os olhos para os RPG’s em inglês), vi muitos outros jogos e cards gamers (foi a primeira vez que vi Magic sem ser pela revista).




94 foi um ano de muitas jogatinas, de descobrimento do mundo do rpg, seja pela Dragão Brasil ou pelo evento e, apesar de a minha mesa girar sempre nos três (Eu, Rogério e Edgar), conheci bastante jogadores.

No final do ano letivo de 95 eu gostava de ir na Barraca da Dona Jô. Ela era uma barraca de doces e lanches no meio do caminho entre a escola e a minha casa. Parava lá com meus amigos do colégio para tomar um Tobi e jogar um Arcade. E nesta época, um Arcade especial me levava a Dona Jô, Dungeons & Dragons: Tower of Doom. Um jogaço ambientado no meu preferido RPG! E foi jogando o Arcade do D&D que eu conheci o Anderson. Começamos a falar do jogo, da história, ..., e é caro que o papo chegou ao RPG. Ele tinha um grupo e mestrava First Quest para eles. Nunca havia jogado First Quest mas sabia do que se tratava. E ele me convidou a um dia mestrar para o grupo dele pois ele queria jogar. E não durou muito estava indo conhecer Fabiano “Bolha” e Rafael “Vulcão”, e deste encontro muitas aventuras memoráveis surgiram.


Continua...

2 comentários:

  1. Hahaha, Vlw Rafael pelo primeiro Post !! Vivas!!! Esse é o objetivo desta série de posts... relembrar nossa época de ouro.. nosso túnel do tempo... vamos nessa.. e se lembrar algo que eu não postar, esteja livre para comentar!!! Abraços!!

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